18
views
0
recommends
+1 Recommend
1 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Saúde coletiva, colonialidade e subalternidades - uma (não) agenda? Translated title: Collective health, coloniality, and subalternities - an (absent) agenda?

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          RESUMO Neste ensaio, partimos da constatação que as instituições que compõem o campo da saúde coletiva encontram-se tensas pela entrada de ‘outros’ corpos nos seus cenários. Corpos ‘outros’ que questionam a organização institucional e a matriz que orienta o pensamento nesse campo de conhecimento. Em seguida, apresentamos as bases que sustentam essas instituições: a colonialidade, como uma matriz predatória que persiste e se reatualiza na contemporaneidade; e a modernidade, como um programa de pensamento que separa, determina e institui uma hierarquia civilizacional. Tais bases expressam-se no racismo e sexismo que estruturam o Estado nacional brasileiro e atravessam a ciência que fazemos e a saúde pública, com cujas práticas nos articulamos. Ponderamos que a saúde coletiva não escapa desse caráter estrutural brasileiro; para isso, discutiremos alguns problemas fundamentais do campo, que este tem demonstrado dificuldade de ver/reconhecer. Por fim, propomos às instituições que produzem a saúde coletiva cinco apostas que devem ser feitas para reconhecer e acolher esses corpos ‘outros’ que agora chegam ao ensino superior e têm urgência de contrapor discursos e práticas que historicamente os subalternizam e invisibilizam.

          Translated abstract

          ABSTRACT In this essay we consider that the field of Collective Health in Brazil has been composed by new social actors in the last few years. From this statement, we propose that this change in composition has produced tensions in the Collective Health institutions, because this ‘new actors’ have questioned the matrix of thoughts that sustains this field of knowledge. Subsequently, we present the bases that support our institutions: coloniality, as a predactory matrix which re-updates itself in contemporaneity; and modernity, as a program of thought which separates, determines, and constitutes a civilizational hierarchy. We show that these bases express themselves through the racism and sexism that structures the Brazilian State, and consequently, composes science and public health and its practices. Considering that the field of Collective Health does not escape from this structural Brazilian character, we discuss some problems that such field has had difficulty to recognize. Finally, we point to the Collective Health institutions five proposals which contribute towards the reception of these ‘new actors’ in the field, as well as the discussions that they have brought up, which has been historically subordinate and unseen.

          Related collections

          Most cited references20

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: found
          Is Open Access

          Rumo a um feminismo descolonial

          Em Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System (2007), propus uma leitura da relação entre o colonizador e o/a colonizado/a em termos de gênero, raça e sexualidade. Com isso eu não pretendia adicionar uma leitura gendrada e uma leitura racial às já sabidas relações coloniais. Ao invés disso, eu propus uma releitura da própria modernidade capitalista colonial moderna. Isso se dá porque a imposição colonial do gênero atravessa questões sobre ecologia, economia, governo, relaciona-se ao mundo espiritual e ao conhecimento, bem como cruza práticas cotidianas que tanto nos habituam a cuidar do mundo ou a destruí-lo. Proponho este quadro conceitual não como uma abstração da experiência vivida, mas como uma lente que nos permita ver o que está escondido de nossas compreensões sobre raça e gênero e sobre as relações de cada qual à heterossexualidade normativa.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            Racismo institucional e saúde da população negra

            Resumo A saúde da mulher negra não é uma área de conhecimento ou um campo relevante nas Ciências da Saúde. É inexpressiva a produção de conhecimento cientifico nessa área e o tema não participa do currículo dos diferentes cursos de graduação e pós-graduação em saúde, com raríssimas exceções. Trata-se de assunto vago que, na maior parte dos casos, é ignorado pela maioria de pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde no Brasil. Este trabalho pretende apresentar algumas informações acerca dos processos de formulação desse campo conceitual a partir das demandas dos movimentos sociais organizados e das formulações de especialistas. Tais informações serão apresentadas com o objetivo de subsidiar pesquisas e contribuir para a formulação e gestão de políticas públicas adequadas às necessidades expressas nos indicadores sociais e de saúde das mulheres negras brasileiras.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: not found
              • Article: not found

              Situated Knowledge. The Science Question in Feminism and the Privilege of the Partial Perspective

                Bookmark

                Author and article information

                Journal
                sdeb
                Saúde em Debate
                Saúde debate
                Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Rio de Janeiro, RJ, Brazil )
                0103-1104
                2358-2898
                2019
                : 43
                : spe8
                : 160-174
                Affiliations
                [2] Rio de Janeiro orgnameFundação Oswaldo Cruz orgdiv1Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Brazil
                [3] Macaé Rio de Janeiro orgnameUniversidade Federal do Rio de Janeiro orgdiv1Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia Brazil
                [1] Niterói Rio de Janeiro orgnameUniversidade Federal Fluminense orgdiv1Instituto de Saúde Coletiva Brazil
                Article
                S0103-11042019001300160 S0103-1104(19)04300800160
                10.1590/0103-11042019s812
                cb359827-ebec-4391-99e5-b35eca8ebb7e

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 31 October 2019
                : 03 June 2019
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 56, Pages: 15
                Product

                SciELO Public Health

                Self URI: Texto completo somente em PDF (PT)
                Categories
                Ensaios

                Necropolitics,Subalternity,Colonialidade,Coloniality,Racismo,Colonialism,Subalternidade,Public Health,Necropolítica,Racism,Colonialismo,Saúde pública

                Comments

                Comment on this article