Abstract The relationship between women and water has gained increasing recognition in recent years. This is evident in the role of water in domestic activities, the water collection performed by women, and the cultural dimensions where attributes such as fluidity, instability, and sensuality are established, aiming at the colonization of both. Simultaneously, the female view has become more prominent in water management, as they are often the ones addressing the issues arising from inadequate access to water and sanitation. This paper examines the case of Vila Ideal, a favela on the outskirts of Belo Horizonte, where residents initially had to walk daily to collect water and have witnessed various territorial transformations. We explore the experiences of Black women who have lived in Vila Ideal since its inception, employing a historical perspective through qualitative research. Using a decolonial framework informed by feminist scholars such as Lélia Gonzalez and Gayatri Spivak, we analyze how water and gender intersect and influence human activities over time, forming what we term hydrosocial relationships of gender.
Resumen Las relaciones entre las mujeres y el agua son cada vez más conocidas. Esto se puede ver en el uso del agua en las actividades domésticas, en la recolección de agua que realizan las mujeres, o incluso en una dimensión cultural en la que se establecen cualidades como fluidez, inestabilidad y sensualidad con miras a la colonización de ambas. Al mismo tiempo, la mirada femenina tiene mayor alcance en el contexto de la gestión del agua, ya que son las mujeres quienes enfrentan los problemas derivados de la falta de acceso al agua y al saneamiento básico. Para discutir esta proposición, tomamos como objeto de estudio el caso de Vila Ideal, una favela de Belo Horizonte, cuyos habitantes al inicio de la ocupación debían caminar diariamente para buscar agua en las fuentes y presenciaron las diversas transformaciones del territorio. De esta manera, escuchamos algunas experiencias de mujeres negras que viven en el lugar desde su creación, siguiendo la perspectiva histórica como enfoque de investigación cualitativa. Frente a ello, nos propusimos observar, a través del enfoque decolonial de autoras feministas como Gayatri Spivak y Lélia Gonzalez, las formas en que el agua, así como el género, permean y son permeados por la acción humana a lo largo del tiempo, formando lo que llamamos relaciones hidrosociales de género.
Resumo As relações entre mulheres e a água têm se tornado cada vez mais conhecidas. Isso pode ser visto pelo uso da água nas atividades domésticas, pela captação de água normalmente conduzida por mulheres, ou ainda, em uma dimensão cultural em que atributos como fluidez, instabilidade e sensualidade são estabelecidas visando a colonização de ambas. Ao mesmo tempo, o olhar feminino tem maior alcance no contexto da gestão da água, pois são as mulheres que lidam com os problemas causados pela falta de acesso à água e saneamento básico. Para discutir essa proposição, tomamos como objeto de estudo o caso da Vila Ideal, uma favela da periferia de Belo Horizonte, cujas moradoras no início da ocupação tinham que caminhar diariamente para buscar água nas fontes e presenciaram as diversas transformações do território. Dessa forma, ouvimos algumas vivências de mulheres negras que vivem no local desde a sua criação seguindo a perspectiva histórica como abordagem de pesquisa qualitativa. Diante disso, visamos observar, por meio da abordagem decolonial de autoras feministas como Lélia González e Gayatri Spivak, as formas como a água, assim como o gênero, permeiam e são permeada pela ação humana ao longo do tempo, formando o que chamamos de relações hidrossociais de gênero.
See how this article has been cited at scite.ai
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.