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      Pertencimentos sociais e vulnerabilidades em experiências de parto e gestação na prisão Translated title: Childbirth and pregnancy in prison: social belonging and vulnerabilities

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          Abstract

          Resumo Gestar e parir na prisão pode aprofundar relações de poder e mecanismos promotores de desigualdades na assistência prestada a mulheres e crianças, com consequências negativas na vida de ambos. O tema suscitou uma pesquisa que objetivou compreender as experiências de gestação e parto de mulheres em situação prisional. Método: estudo qualitativo, sob perspectivas teóricas que abordam interseccionalidades entre raça, gênero e classe social. O estudo foi realizado a partir de entrevistas com mulheres egressas de uma penitenciária no sul do Brasil. As participantes, em sua maioria mulheres negras e periféricas, relatam terem sido submetidas a situações de violência desde a primeira abordagem policial. Quando já privadas de liberdade, foram submetidas a deficitário acesso à saúde, além de violência psicológica e moral. A experiência do parto foi permeada por violência institucional e por sentimentos de solidão e desamparo. O descumprimento de previsões legais, a reprodução da violência nas relações com os agentes de segurança e a sistemática negligência às necessidades sociais e de saúde são efeitos adicionais de opressões de gênero, raça e classe social que afetam as mulheres gestantes e parturientes em situação prisional.

          Translated abstract

          Abstract Pregnancy and childbirth in prison can intensify power relationships and mechanisms that encourage inequality in care provided to women and children, with adverse consequences for the lives of both. This issue gave rise to research to understand women’s experiences of pregnancy and childbirth in prison. Method: working from theoretical perspectives that address intersections among race, gender and social class, this qualitative study was conducted by interviewing women who had left a penitentiary in southern Brazil. The participants, mostly young, black women, reported being subjected to situations of violence from the first approach by the police. Once deprived of their freedom, they were subjected to humiliation, deficient access to health, as well as psychological and moral violence. The experience of childbirth was permeated by institutional violence and feelings of loneliness and helplessness. Noncompliance with legal provisions, reproduction of violence in relations with security agents and systematic neglect of social and health needs are additional effects of the gender, race and social class oppressions that affect pregnant women and nursing mothers in prison.

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          Mulheres em movimento

          ESSE artigo busca demarcar a trajetória de luta das mulheres negras brasileiras no interior do movimento feminista nacional. Trata-se de colocar em questão a perspectiva feminista clássica fundada numa concepção universalista de mulher, que tem o seu paradigma na mulher branca ocidental, o que obscurece a percepção das múltiplas contradições intragênero e entre gêneros que a racialidade aporta. Dessas contradições, impõem-se para as mulheres negras a sua afirmação como um novo sujeito político, portador de uma nova agenda, esta resultante de uma identidade específica na qual se articulam as variáveis de gênero, raça e classe, colocando novos e mais complexos desafios para realização da eqüidade de gênero e raça em nossa sociedade.
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            Obstetric violence in the daily routine of care and its characteristics

            ABSTRACT Objective: to analyze the scientific production on obstetric violence by identifying and discussing its main characteristics in the routine care for the pregnant-puerperal cycle. Method: integrative literature review of 24 publications indexed in the Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, SciVerse Scopus, Web of Science and the Scientific Electronic Library Online and Virtual Health Library. Results: the publications are intensified from 2015 onwards and present methodological designs of quantitative and qualitative nature. In the discussion, we first address the concept of obstetric violence and its different forms of occurrence in care. Then, interfaces of the phenomenon are presented with reflections related to the conception of gender, the different actors involved, the institutionalization, and the invisibility and trivialization of the event. Finally, strategies to combat the problem are presented through academic training, women’s awareness, proposals of social mobilization, and creation of public policies and laws. Conclusion: obstetric violence portrays a violation of human rights and a serious public health problem and is revealed in the form of negligent, reckless, omissive, discriminatory and disrespectful acts practiced by health professionals and legitimized by the symbolic relations of power that naturalize and trivialize their occurrence.
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              Violência: um Velho-Novo Desafio para a Atenção à Saúde

              Resumo: Este artigo propoe uma reflexão sobre a violência e seu impactosobre a saúde, tomando como exemplo o caso brasileiro. Inicia-se com uma exposição sobre as dificuldades de inclusão do tema na área da saúde. Critica as versões que absolutizam o sentido da violência, considerandoa um processo a-histórico e acima das consciências e da sociedade. Numa perspectiva fustórica, busca situar o tema no campo social e da saúde, advertindo para o risco epistemológico e prático de reducionismo quando se trata esse fenômeno como uma epidemia, ou seja, como uma ·doença social. Mostra que a violência é um fenômeno muito mais complexo, que constitui um problema histórico, um termômetro social e um indicador de qualidade de vida. Inclui alguns dados gerais e chama atenção para os caminhos de possibilidade de ação setorial e intersetorial e, sobretudo, para a atuação médica.
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                Journal
                csc
                Ciência & Saúde Coletiva
                Ciênc. saúde coletiva
                ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Rio de Janeiro, RJ, Brazil )
                1413-8123
                1678-4561
                January 2022
                : 27
                : 1
                : 263-272
                Affiliations
                [3] Porto Alegre Rio Grande do Sul orgnameUniversidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre orgdiv1Faculdade de Enfermagem Brazil
                [2] Porto Alegre Rio Grande do Sul orgnameUniversidade Federal do Rio Grande do Sul orgdiv1Escola de Enfermagem Brazil
                [1] Porto Alegre Rio Grande do Sul orgnameUniversidade Federal do Rio Grande do Sul orgdiv1Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Brazil gabrieladalenogare@ 123456gmail.com
                Article
                S1413-81232022000100263 S1413-8123(22)02700100263
                10.1590/1413-81232022271.33922020
                35043905
                6289ef34-91fd-4fcf-bb41-7eea585c8360

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 09 November 2020
                : 22 May 2020
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 27, Pages: 10
                Product

                SciELO Public Health

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                Temas Livres

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