O Construcionismo Social vem ganhando força na Psicologia por meio de seus fundamentos epistemológicos não essencialistas, não universalizantes, com foco no processo relacional, considerando o contexto histórico e cultural, possibilitando que profissionais construam práticas potentes no campo de atuação. Toda essa potência vem de cinco décadas de direcionamentos que permitiram ao Construcionismo Social se tornar um movimento marcado por representar uma alternativa válida frente ao modelo empiricista dominante. Entre essas direções estão a possibilidade de uma teoria generativa, um fazer ciência na pós-modernidade, a construção de diálogos transformativos e, mais recentemente, a direção de uma Psicologia visionária. O objetivo deste artigo é pensar como o discurso construcionista social e seus pressupostos, na Psicologia, podem articular-se à política pública de proteção social brasileira, não contributiva, organizada e ofertada por meio do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. Utilizando a experiência do autor no campo de atuação com os pressupostos do Construcionismo Social, para que os sentidos construídos neste direcionamento sejam discutidos, possibilitou que o Construcionismo Social, quando articulado de forma crítica com a prática, permita que as transformações sociais necessárias aconteçam no âmbito das relações criadas e recriadas no cotidiano do trabalho social com famílias.
Social Constructionism has been gaining strength in Psychology through its non-essentialist, non-universalizing epistemological foundations, focusing on the relational process, considering the historical and cultural context, allowing professionals to build potent practices in the field of performance. All this power comes from five decades of directions that allowed Social Constructionism to become a movement marked by a valid alternative to the dominant empiricist model. Among these directions are the possibility of a generative theory, a science in postmodernity, the construction of transformative dialogues and, more recently, the direction of a visionary psychology. The objective of this article is to think how the constructionist social discourse and its presuppositions, in Psychology, can be articulated to the public policy of Brazilian social protection, non contributory, organized and offered through the Unique System of Social Assistance. Using the author's experience in the field of action with the presuppositions of Social Constructionism, in order that the senses constructed in this direction be discussed, it was possible to understand that Social Constructionism, when articulated critically with practice, allows the necessary social transformations to take place in Within the framework of the relationships created and recreated in the daily work of social work with families.