Resumo Este artigo teve por objetivo discutir gênero, raça e formação como marcadores sociais que atravessam a participação de agentes comunitárias de saúde no apoio matricial em saúde mental de Belo Horizonte, em 2023. Trata-se dos resultados de uma pesquisa qualitativa, cujas técnicas para produção dos dados foram entrevistas semiestruturadas e observações participantes. Como ferramenta analítica, utilizou-se a interseccionalidade. Nas equipes pesquisadas, observou-se, entre as agentes, maioria de mulheres negras com ensino médio; e entre as profissionais que oferecem matriciamento, maioria de mulheres brancas com ensino superior. Verificou-se que essas diferenças raciais e de formação atravessam as relações estabelecidas entre agentes e apoiadoras, estando relacionadas a alguns mecanismos de exclusão das agentes comunitárias dos espaços de matriciamento em saúde mental.
Abstract This article aimed to discuss gender, race, and education as social markers that influence the participation of community health workers in matrix support in mental health in Belo Horizonte, Brazil, in 2023. The results are from a qualitative research study, using semi-structured interviews and participant observations as data production techniques. Intersectionality was used as an analytical tool. In the researched teams, it was observed that the majority of the agents were black women with high school education, while the majority of the professionals offering matrix support were white women with higher education. These racial and educational differences influence the relationships established between agents and supporters, being related to some mechanisms of exclusion of community health workers from the spaces of matrix support in mental health.
Resumen Este artículo tuvo como objetivo discutir género, raza y formación como marcadores sociales que atraviesan la participación de agentes comunitarias de salud en el apoyo matricial en salud mental de Belo Horizonte, Brasil, en 2023. Se trata de los resultados de una investigación cualitativa, cuyas técnicas para la producción de datos fueron entrevistas semiestructuradas y observaciones participantes. Como herramienta analítica, se utilizó la interseccionalidad. En los equipos investigados, se observó, entre las agentes, una mayoría de mujeres negras con educación secundaria; y entre las profesionales que ofrecen matriciamento, una mayoría de mujeres blancas con educación superior. Se verificó que estas diferencias raciales y de formación atraviesan las relaciones establecidas entre agentes y apoyadoras, estando relacionadas con algunos mecanismos de exclusión de las agentes comunitarias de los espacios de matriciamento en salud mental. Palabras clave: agentes comunitarias de salud; apoyo matricial en salud mental; Reforma Psiquiátrica; interseccionalidad; marcadores sociales.
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