The paper at hand interrogates the queer temporal politics of “houses” in the ballroom and voguing scene. Houses constitute the axiomatic unit of this community marked by racial and sexual marginalisation and as such create alternative familial relations between members in response to rejections from the biological family and society in general. Mirroring the traditional family institution, vogue houses not only become a source of protection, care, trust and knowledge; their very structure, I argue, induces a queer reprogenerational time. Countering the sequential heteronormative time of lifetime milestones and agefitting achievements, the queer time of voguing is a temporal disidentification that jumbles around and constructively misappropriates generational and reproductive imperatives. In doing this, the politics of voguing opens the horizon of possible futures: it is a spark of embodied resistance with a queer utopian imaginary.
O artigo em questão interroga a política temporal queer das “casas” no salão de baile e na cena voguing. As casas constituem a unidade axiomática desta comunidade marcada pela marginalização racial e sexual e, como tal, criam relações familiares alternativas entre os membros, em resposta às rejeições da família biológica e da sociedade em geral. Espelhando a tradicional instituição familiar, as casas Vogue não só se tornam uma fonte de proteção, cuidado, confiança e conhecimento; sua própria estrutura, eu argumento, induz a um tempo de reprodução queer. Contrariando o tempo heteronormativo sequencial dos marcos da vida e das realizações d’acordo à idade, o tempo queer do voguing é uma desidentificação temporal que se mistura para construir criativamente os imperativos geracionais e reprodutivos. Ao fazer isso, a política do voguing abre o horizonte dos futuros possíveis: é uma centelha de resistência incorporada com um imaginário utópico queer.
El presente artículo cuestiona las políticas temporales queer de las casas (salones) de baile y los escenarios del voguing. Las casas constituyen la indiscutible unidad de esta comunidad marcada por la marginación racial y sexual y, como tales, forman relaciones familiares alternativas entre los integrantes, ante el rechazo de la familia biológica y de la sociedad en general. Al reflejar la institución familiar tradicional, las casas vogue se convierten no solo en fuente de protección, seguridad, confianza y conocimiento, sino que su estructura misma parece dar paso a tiempos de reproducción generacional queer. Como contrapeso entre los tiempos heteronormativos secuenciales de las etapas importantes de la vida y los logros relativos a la edad, la carencia temporal de identidad de los tiempos del voguing confunde y usurpa de un modo positivo los imperativos generacionales y reproductivos. De este modo, la política de voguing abre los horizontes a futuros posibles: enciende una chispa de resistencia materializada con un imaginario utópico queer.