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      Diferenciais socioeconômicos na realização de exame de urina no pré-natal Translated title: Socioeconomic differentials in performing urinalysis during prenatal care

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          Abstract

          OBJETIVO: A importância do exame de urina na rotina do pré-natal deve-se à infecção do trato urinário na gestante, uma importante causa de parto prematuro e morbidade neonatal. O objetivo do estudo foi analisar fatores associados à solicitação de exames de urina durante a gestação. MÉTODOS: Durante o ano de 2004, 4.163 mulheres residentes na zona urbana de Pelotas (RS) e que haviam realizado pré-natal foram entrevistadas ao darem à luz nos hospitais da cidade. A prevalência da não realização do exame de urina na gestação foi analisada segundo variáveis socioeconômicas, demográficas e de atenção pré-natal. Após análise bivariada, foi realizada regressão logística para identificar fatores associados com o desfecho, controlando para possíveis fatores de confusão, ao nível de significância de p<0,05. RESULTADOS: A prevalência de não realização do exame de urina foi de 3%. Na análise multivariada verificou-se que mulheres negras, pobres, de baixa escolaridade, solteiras, e que realizaram menos de seis consultas pré-natais, tiveram maior chance de não realizar este exame. Entre gestantes pobres, negras e de baixa escolaridade esta prevalência foi de 10%, contra 0,4% em gestantes brancas, ricas e escolarizadas. CONCLUSÕES: Embora o exame de urina seja importante para evitar complicações na gestação e para o recém-nascido, 3% das gestantes não o realizaram. A utilização da avaliação do exame de urina pode servir como um indicador de qualidade do atendimento pré-natal. Mulheres mais pobres, negras, de baixa escolaridade e sem companheiro devem ser alvo de ações mais específicas para a obtenção de um cuidado pré-natal adequado.

          Translated abstract

          OBJECTIVE: Urinalysis is an essential component of the prenatal routine, as urinary tract infections during pregnancy may lead to preterm delivery and neonatal morbidity. The objective of the study was to analyze factors associated to the solicitation of urinalysis during pregnancy. METHODS: During 2004, 4,163 women living in the urban area of Pelotas (Southern Brazil) and who had received prenatal care were interviewed after delivery in the maternity hospitals of the city. Prevalence of the non-performance of urinalysis was analyzed in relation to socioeconomic and demographic variables, as well as to characteristics of prenatal care. After a bivariate analysis, logistic regression was conducted to identify factors associated with the outcome, controlling for possible confusion factors at a 5% level of significance. RESULTS: The prevalence of not having had the test was 3%. The multivariate analysis showed that black skin color, poverty, low schooling, being unmarried and having fewer than six prenatal visits were associated with a higher probability of not carrying out the test. Women who were black, poor and with low schooling presented a 10% probability of not being examined, compared to 0.4% for mothers who were white, wealthy and highly educated. CONCLUSIONS: Despite the fact that urinalysis is essential for preventing complications for the mother and newborn, 3% of the women were not screened. Screening coverage may serve as an indicator to assess the quality of prenatal care. Pregnant women who are black, poor, with low schooling and unmarried should be targeted in programs for improving the quality of care.

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          Community-based interventions for improving perinatal and neonatal health outcomes in developing countries: a review of the evidence.

          Infant and under-5 childhood mortality rates in developing countries have declined significantly in the past 2 to 3 decades. However, 2 critical indicators, maternal and newborn mortality, have hardly changed. World leaders at the United Nations Millennium Summit in September 2000 agreed on a critical goal to reduce deaths of children <5 years by two thirds, but this may be unattainable without halving newborn deaths, which now comprise 40% of all under-5 deaths. Greater emphasis on wide-scale implementation of proven, cost-effective measures is required to save women's and newborns' lives. Approximately 99% of neonatal deaths take place in developing countries, mostly in homes and communities. A comprehensive review of the evidence base for impact of interventions on neonatal health and survival in developing-country communities has not been reported. This review of community-based antenatal, intrapartum, and postnatal intervention trials in developing countries aimed to identify (1) key behaviors and interventions for which the weight of evidence is sufficient to recommend their inclusion in community-based neonatal care programs and (2) key gaps in knowledge and priority areas for future research and program learning. Available published and unpublished data on the impact of community-based strategies and interventions on perinatal and neonatal health status outcomes were reviewed. Evidence was summarized systematically and categorized into 4 levels of evidence based on study size, location, design, and reported impact, particularly on perinatal or neonatal mortality. The evidence was placed in the context of biological plausibility of the intervention; evidence from relevant developed-country studies; health care program experience in implementation; and recommendations from the World Health Organization and other leading agencies. A paucity of community-based data was found from developing-country studies on health status impact for many interventions currently being considered for inclusion in neonatal health programs. However, review of the evidence and consideration of the broader context of knowledge, experience, and recommendations regarding these interventions enabled us to categorize them according to the strength of the evidence base and confidence regarding their inclusion now in programs. This article identifies a package of priority interventions to include in programs and formulates research priorities for advancing the state of the art in neonatal health care. This review emphasizes some new findings while recommending an integrated approach to safe motherhood and newborn health. The results of this study provide a foundation for policies and programs related to maternal and newborn health and emphasizes the importance of health systems research and evaluation of interventions. The review offers compelling support for using research to identify the most effective measures to save newborn lives. It also may facilitate dialogue with policy makers about the importance of investing in neonatal health.
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            Indicador econômico para o Brasil baseado no censo demográfico de 2000

            OBJETIVO: Propor um indicador econômico para o Brasil baseado em bens de consumo usando variáveis presentes no censo demográfico de 2000. MÉTODOS: O indicador, denominado Indicador Econômico Nacional (IEN), foi desenvolvido a partir de 12 bens e a escolaridade do chefe de família, por meio de análise de componentes principais. Dados da amostra do Censo Demográfico Brasileiro de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foram usados para gerar o indicador e para o cálculo dos pontos de corte dos decis de referência. RESULTADOS: O indicador, primeiro componente obtido da análise, reteve 38% da variabilidade total e apresentou correlação de Spearman de 0,74 com a renda total do domicílio e de 0,67 com a renda per capita. Os coeficientes necessários para calcular o indicador são apresentados, assim como as distribuições de referência para 27 capitais e Estados, as cinco regiões e o País. Apresenta-se um exemplo de como se usa o indicador. CONCLUSÕES: Diferentemente de outros indicadores econômicos disponíveis, o IEN tem as distribuições de referência publicadas, para capitais, Estados, Regiões, bem como a distribuição nacional. Torna-se possível, portanto, comparar a amostra estudada à distribuição municipal, estadual ou nacional. O número reduzido de variáveis torna fácil o cálculo do Indicador Econômico Nacional para investigadores envolvidos em pesquisas onde é importante a classificação econômica.
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              Coorte de nascimentos de Pelotas, 2004: metodologia e descrição

              OBJETIVO: Descrever uma coorte de nascimentos que teve início em 2004, para avaliar condições pré e perinatais dos recém-nascidos, morbi-mortalidade infantil, características e desfechos do início da vida e acesso, utilização e financiamento da atenção à saúde. MÉTODOS: Todas as crianças nascidas na zona urbana dos municípios de Pelotas e Capão do Leão (bairro Jardim América), no ano de 2004, foram identificadas e suas mães convidadas a fazer parte do estudo. No seu primeiro ano foram realizadas visitas às mães por ocasião do nascimento das crianças, aos três e aos 12 meses de idade. Nessas visitas um questionário foi aplicado às mães, com perguntas sobre saúde; hábitos de vida; utilização de serviços de saúde; situação socioeconômica; estimativa de idade gestacional; medidas antropométricas do recém-nascido (peso, comprimento, perímetros cefálico, torácico e abdominal); medidas antropométricas da mãe (peso e altura) e avaliação de desenvolvimento infantil. RESULTADOS: Do total de crianças elegíveis (4.558), mais de 99% foram recrutadas para o estudo logo após o nascimento. A taxa de seguimento foi de 96% aos três meses e de 94% aos 12 meses. Dentre os resultados iniciais destacaram-se: a taxa de mortalidade infantil de 19,7 por mil, sendo 66% dos óbitos infantis no período neonatal; freqüência de 15% de prematuros e 10% de baixo peso ao nascer; as cesarianas representaram 45% dos partos. CONCLUSÕES: A terceira coorte de nascimentos em Pelotas mostrou uma situação de estabilidade da mortalidade infantil nos últimos 11 anos, com predomínio da mortalidade neonatal, além de aumento da prematuridade e partos cesarianos.
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                Journal
                rsp
                Revista de Saúde Pública
                Rev. Saúde Pública
                Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP, Brazil )
                0034-8910
                1518-8787
                June 2008
                : 42
                : 3
                : 389-395
                Affiliations
                [01] orgnameUniversidade Federal de Pelotas orgdiv1Faculdade de Medicina orgdiv2Departamento Materno-Infantil Brazil
                [02] Pelotas orgnameUniversidade Federal de Pelotas orgdiv1Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia Brazil
                Article
                S0034-89102008000300001 S0034-8910(08)04200301
                10.1590/S0034-89102008000300001
                7d0d5c9c-f399-43a8-aedc-135c2a7c8c00

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

                History
                : 23 January 2008
                : 20 March 2007
                : 2007
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 15, Pages: 7
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