Exploring local phenological and phenotypic variation of mosses (Bryophyta) in two common Amazonian habitats Translated title: Explorando a variação em características fenológicas e fenotípicas locais de musgos (Bryophyta) entre dois habitats comuns da Amazônia

Abstract

ABSTRACT Species variation in relation to habitat differences may offer valuable insights into understanding population divergence and speciation itself. In central Amazonia, phenotypic and phenological variation of four bryophytes - Octoblepharum albidum, Octoblepharum pulvinatum, Leucobryum martianum and Pilosium chlorophyllum - were investigated among white-sands and terra-firme plateaus to examine whether habitat differences relate to trait variation. In three of the four species, sexual expression was significantly more restricted temporally in the drier habitat type (white-sands forest) than that observed in more mesic, terra-firme plateau forests. Contrary to global patterns of reproductive behavior for bryophytes, male expression was notably more prevalent than female expression for three of the four species. Furthermore, significant infra-specific phenotypic variation among habitat types associated with multiple measured traits (e.g., total leaf length, apex length, base width) illustrate the evolutionary potential of Amazonian bryophytes in the framework of habitat differentiation. Future priorities should focus on resource allocation dynamics and ecophysiology in a phylogenetic context to better understand the role of habitat differentiation in speciation processes among Amazonian bryophytes.

Translated abstract

RESUMO Variações em espécies, quando associadas às diferenças de habitat, podem oferecer insights valiosos para a compreensão de processos de divergência populacional. Variações fenotípicas e fenológicas de quatro briófitas, Octoblepharum albidum, Octoblepharum pulvinatum, Leucobryum martianum e Pilosium chlorophyllum foram investigadas entre ambientes de areias brancas e platôs de terra firme na Amazônia central, para examinar se a diferenciação de habitat está correlacionada com as características mensuradas. Em três das quatro espécies, a expressão sexual foi significativamente mais restrita temporalmente no tipo de habitat mais seco (floresta de areias brancas) do que a observada nas florestas de terra-firme. Ao contrário dos padrões gerais de expressão sexual para briófitas em todo o mundo, a expressão anteridial foi mais dominante para três das quatro espécies. Ademais, variações fenotípicas infraespecíficas significativas observadas entre os habitats, quando associadas com as múltiplas características mensuradas - por exemplo, comprimento total da folha, comprimento do ápice e largura da base - ilustra o potencial evolutivo das briófitas Amazônicas no contexto de diferenciação de habitat. As prioridades futuras devem se concentrar em estudos acerca da dinâmica de alocação de recursos e ecofisiologia destas plantas em um contexto filogenético, visando entender melhor o papel da diferenciação de habitat nos processos de especiação entre as briófitas amazônicas.