14
views
0
recommends
+1 Recommend
1 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      RISCO, VULNERABILIDADE E O CONFINAMENTO DA INFÂNCIA POBRE Translated title: RISK, VULNERABILITY AND POOR CHILDHOOD CONFINEMENT Translated title: RIESGO, VULNERABILIDAD Y LA RECLUSIÓN DE LA INFANCIA POBRE

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          Resumo O artigo problematiza as categorias “em risco” e “em vulnerabilidade”, utilizadas atualmente como justificativa para a ingerência estatal sobre a infância e adolescência pobres. Aborda os contributos da Psicologia, enquanto dispositivo de saber-poder, para a produção dessas categorias e apresenta uma contextualização histórica das intervenções de assistência à infância. O acolhimento institucional, proposto pela legislação vigente como medida de proteção à infância, é aqui apresentado enquanto um dispositivo de intervenção biopolítica. Nesse cenário, os operadores “risco” e “vulnerabilidade” têm ancorado práticas de cunho moralista e criminalizante, conferindo um caráter seletivo e paliativo às intervenções estatais. Propõe-se que essas categorias, quando utilizadas de forma acrítica, atuam a serviço de um duplo confinamento: dos corpos, que ficam restritos a um espaço que lhes é determinado - o abrigo -, e da subjetividade, que com a insígnia do risco e da vulnerabilidade é capturada e impedida de exercer sua potência.

          Translated abstract

          Abstract The article analyzes the categories “at risk” and “vulnerable” that is currently utilized as a justification for State intervention on poor childhood and adolescence. It discusses the contributions of Psychology as a power-knowledge device that produce the above-mentioned categories and presents a historical overview of child care interventions. The residential care proposed by the existing legislation as a child protection measure is pictured as a biopolitics intervention device. In this scenario, the words “risk” and “vulnerability” has been associated with a moralistic and criminalizing nature, conferring a selective and palliative character to State interventions. It is proposed that these categories act in the service of a double containment: of the bodies, which are restricted to a provisory space - the shelter -, and the subjectivity, now associated to risk and vulnerability, ends up seized and prevented from exercising its power.

          Translated abstract

          Resumen El artículo analiza las categorías “en riesgo" y "en vulnerabilidad", que se utilizan como justificación para la intervención del Estado en la infancia y adolescencia pobre. Discute los aportes de la Psicologia para la producción de estas categorías y presenta una visión histórica de las intervenciones de cuidado de niños. La atención institucional propuesta por la legislación vigente como medida de protección de la infancia, se representa aquí, como un dispositivo de intervención biopolítica. En este escenario, los operadores "riesgo" y "vulnerabilidad" han anclado prácticas de impresión moralista y penalizante. Se propone que estas categorias, cuando usadas de manera acrítica, actúan al servicio de una doble contención: de los cuerpos, que se encuentran restringidos a un espacio que se les es determinado - el refugio-, y el de la subjetividad, que con la insignia del riesgo y de la vulnerabilidad es capturada y impedida de ejercer su poder.

          Related collections

          Most cited references16

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: found
          Is Open Access

          Riesgo: concepto básico de la epidemiología

          Este artículo propone la formalización del concepto de "riesgo" como objeto de conocimiento de la ciencia epidemiológica, con el objetivo de sistematizar sus aspectos lingüísticos, epistemológicos y metodológicos, compilando para ello contribuciones anteriores de los autores. En primer lugar, los sentidos del término "riesgo" son analizados desde un punto de vista etimológico y semántico, evaluando su utilización en la constitución de discursos sociales comunes. En segundo lugar, el concepto epidemiológico de riesgo es enfocado desde una perspectiva hermenéutica, explicitando los ejes epistemológicos y los elementos conceptuales involucrados en la construcción del discurso epidemiológico. En tercer lugar, se discuten correlaciones teóricas, metodológicas y políticas entre el objeto riesgo, conceptos de salud y teorías críticas de la sociedad, apuntando a una evaluación de perspectivas y desafíos para futuros desarrollos del campo científico de la epidemiología.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            Infância e políticas públicas: um olhar sobre as práticas psi

            Este artigo objetiva discutir, a partir das formas pelas quais se constituiu a categoria infância no Brasil, a atual configuração das políticas públicas voltadas para essa área, especialmente no que se refere às práticas da Psicologia. Entendemos a infância como uma construção social, isto é, como uma noção datada geográfica e historicamente. Apontamos como a Psicologia se faz presente em temáticas, tais como o estabelecimento de padrões de normalidade e anormalidade, circunscrevendo etapas evolutivas em relação à infância. Como exemplo, citamos o Juizado de Menores, o Serviço de Assistência do Menor (SAM) e as Fundações Estaduais do Bem-Estar do Menor (FEBEMs), bem como as atuais entidades de abrigos, já reordenadas a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para finalizar, problematizamos a inserção da Psicologia no debate sobre as políticas públicas, especificamente na área da infância denominada vulnerável.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: found
              • Article: found
              Is Open Access

              Risco, vulnerabilidade e infância: algumas aproximações

              No presente artigo, buscamos compreender a noção de risco, articulando-a com a denominada infância em situação de risco. Para isto, discutimos como este conceito passa a ser utilizado no âmbito das políticas públicas de atenção à infância, a partir do deslocamento do foco de uma gestão da vida, tal como proposto por uma sociedade disciplinar, para uma gestão do risco, nas quais as novas modalidades de biopoderes se tornam as principais estratégias de gestão. Na contemporaneidade, a questão do risco é operada a partir dos mecanismos de poder, tornando-se um instrumento privilegiado da sociedade de controle. A partir disto, problematizamos como emerge a noção de risco no âmbito das políticas públicas de atenção à infância, culminando na equação: infância + pobreza = vulnerabilidade = risco = perigo. Para finalizar, sugerimos embaralhar a equação, pensar no tempo que vem não como futuro, mas como porvir.
                Bookmark

                Author and article information

                Contributors
                Role: ND
                Role: ND
                Journal
                psoc
                Psicologia & Sociedade
                Psicol. Soc.
                Associação Brasileira de Psicologia Social (Porto Alegre, RS, Brazil )
                0102-7182
                November 2018
                : 30
                : 0
                : e177502
                Affiliations
                [1] Porto Alegre Rio Grande do Sul orgnamePontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Brazil
                Article
                S0102-71822018000100227
                10.1590/1807-0310/2018v30177502
                5597b50f-042c-4112-854b-6ecdf1be3de0

                http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

                History
                : 23 March 2017
                : 15 April 2018
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 32, Pages: 0
                Product

                SciELO Brazil


                acolhimento institucional,Social Psychology,childhood,public policy,social vulnerability,residential care,Psicologia Social,infancia,políticas públicas,vulnerabilidad social,atención institucional,infância,vulnerabilidade social

                Comments

                Comment on this article