30
views
0
recommends
+1 Recommend
0 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Federalism and health policy: the intergovernmental committees in Brazil Translated title: Federalismo e política de saúde: comissões intergovernamentais no Brasil

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          OBJECTIVE

          To analyze the dynamics of operation of the Bipartite Committees in health care in the Brazilian states.

          METHODS

          The research included visits to 24 states, direct observation, document analysis, and performance of semi-structured interviews with state and local leaders. The characterization of each committee was performed between 2007 and 2010, and four dimensions were considered: (i) level of institutionality, classified as advanced, intermediate, or incipient; (ii) agenda of intergovernmental negotiations, classified as diversified/restricted, adapted/not adapted to the reality of each state, and shared/unshared between the state and municipalities; (iii) political processes, considering the character and scope of intergovernmental relations; and (iv) capacity of operation, assessed as high, moderate, or low.

          RESULTS

          Ten committees had advanced level of institutionality. The agenda of the negotiations was diversified in all states, and most of them were adapted to the state reality. However, one-third of the committees showed power inequalities between the government levels. Cooperative and interactive intergovernmental relations predominated in 54.0% of the states. The level of institutionality, scope of negotiations, and political processes influenced Bipartite Committees’ ability to formulate policies and coordinate health care at the federal level. Bipartite Committees with a high capacity of operation predominated in the South and Southeast regions, while those with a low capacity of operations predominated in the North and Northeast.

          CONCLUSIONS

          The regional differences in operation among Bipartite Interagency Committees suggest the influence of historical-structural variables (socioeconomic development, geographic barriers, characteristics of the health care system) in their capacity of intergovernmental health care management. However, structural problems can be overcome in some states through institutional and political changes. The creation of federal investments, varied by regions and states, is critical in overcoming the structural inequalities that affect political institutions. The operation of Bipartite Committees is a step forward; however, strengthening their ability to coordinate health care is crucial in the regional organization of the health care system in the Brazilian states.

          Translated abstract

          OBJETIVO

          Analisar a dinâmica de funcionamento das Comissões Intergestores Bipartites em saúde, nos estados do Brasil.

          MÉTODOS

          A pesquisa compreendeu visitas a 24 estados, observação direta, análise documental e realização de entrevistas semiestruturadas com dirigentes estaduais e municipais. A caracterização das comissões de 2007 a 2010 considerou quatro dimensões: (i) institucionalidade, classificada como avançada, intermediária ou incipiente; (ii) conteúdo das negociações intergovernamentais, qualificado como diversificado/restrito, aderente/não aderente à realidade estadual e compartilhado/não compartilhado entre estado e municípios; (iii) processo político, considerando o caráter e a intensidade das relações intergovernamentais; e (iv) capacidade de atuação, avaliada como elevada, moderada ou baixa.

          RESULTADOS

          Dez comissões apresentaram institucionalidade avançada. O conteúdo das negociações foi diversificado em todos os estados e na maioria aderente à realidade estadual. Entretanto, um terço das comissões expressaram assimetrias de poder entre esferas de governo. Relações intergovernamentais cooperativas e interativas predominaram em 54,0% dos estados. As dimensões de institucionalidade, conteúdo das negociações e processo político influenciaram a capacidade de atuação das Comissões Intergestores Bipartites na formulação da política e na coordenação federativa em saúde. Predominaram comissões com capacidade de atuação elevada nas regiões Sul e Sudeste e comissões com capacidade de atuação baixa no Norte e Nordeste.

          CONCLUSÕES

          A variação regional entre as comissões sugere a influência de condicionantes histórico-estruturais (desenvolvimento socioeconômico, barreiras geográficas, características do sistema de saúde) na sua capacidade de coordenação intergovernamental em saúde. No entanto, em alguns estados, observou-se a possibilidade de superação de parte das dificuldades estruturais por meio de transformações institucionais e políticas. A realização de investimentos federais diferenciados por macrorregiões e estados é fundamental para a superação de desigualdades estruturais que repercutem nas instituições políticas. A atuação das CIB constitui um avanço, mas o fortalecimento de sua capacidade de coordenação federativa em saúde é crucial para a organização regionalizada do sistema de saúde nos estados brasileiros.

          Related collections

          Most cited references37

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: found
          Is Open Access

          A coordenação federativa no Brasil: a experiência do período FHC e os desafios do governo Lula

          O renascimento da federação brasileira com a redemocratização trouxe uma série de aspectos alvissareiros, mas o Brasil também precisa enfrentar os crescentes dilemas de coordenação intergovernamental constatados internacionalmente, de acordo com as especificidades históricas de nossa realidade. O presente artigo concentra-se basicamente no estudo dos problemas e ações de coordenação federativa ocorridas recentemente no Brasil, mais particularmente no período governamental do Presidente Fernando Henrique Cardoso. A partir desta análise, procura-se, ao final, apresentar resumidamente os desafios de coordenação intergovernamental colocados para o governo Lula.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            Política de saúde nos anos 90: relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais Básicas

            Ao se analisar a política de saúde nos anos 90, é imprescindível considerar a complexidade do desafio representado pela implementação do Sistema Único de Saúde. O artigo evidencia que, apesar das dificuldades, houve avanços no modelo de descentralização adotado pela política de saúde em direção à municipalização da gestão (incluindo recursos e instrumentos) e da explicitação das funções estaduais como coordenadores do sistema de referência intermunicipal. O nível federal, por sua vez, ampliou seu poder indutor e regulador ao introduzir novos mecanismos de transferência vinculados às ações e programas assistenciais. Esse processo foi orientado pela edição das Normas Operacionais Básicas do SUS ¾ NOBs, instrumentos de regulação do processo de descentralização, em um país com um modelo federalista ainda em definição e com um sistema tributário relativamente centralizado.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: found
              • Article: found
              Is Open Access

              Federalismo e relações intergovernamentais no Brasil: a reforma de programas sociais

                Bookmark

                Author and article information

                Journal
                Rev Saude Publica
                Rev Saude Publica
                Revista de Saúde Pública
                Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
                0034-8910
                1518-8787
                August 2014
                : 48
                : 4
                : 642-650
                Affiliations
                [I ]Departamento de Administração e Planejamento em Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Departamento de Administração e Planejamento em Saúde. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
                [II ]Departamento de Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
                [III ]Escola de Governo em Saúde, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Escola de Governo em Saúde. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
                [IV ]Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, Programa de Pós-Graduação em Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
                [V ]Departamento de Saúde Coletiva, Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil, Departamento de Saúde Coletiva. Instituto de Saúde Coletiva. Universidade Federal do Mato Grosso. Cuiabá, MT, Brasil
                [VI ]Departamento de Medicina Preventiva, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, Departamento de Medicina Preventiva. Escola Paulista de Medicina. Universidade Federal de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil
                [VII ]Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde. Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio. Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil
                [VIII ]Departamento de Ciências da Saúde, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus, ES, Brasil, Departamento de Ciências da Saúde. Centro Universitário Norte do Espírito Santo. Universidade Federal do Espírito Santo. São Mateus, ES, Brasil
                Author notes
                Correspondence : Cristiani Vieira Machado. Departamento de Administração e Planejamento em Saúde. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – Fiocruz. Rua Leopoldo Bulhões, 1480 sala 715 Manguinhos. 21041-210 Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: cristiani@ 123456ensp.fiocruz.br
                Article
                10.1590/S0034-8910.2014048005200
                4181091
                25210823
                414ce416-4680-4dbb-b99f-291c21190a1a

                This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution Non-Commercial License, which permits unrestricted non-commercial use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

                History
                : 21 October 2013
                : 7 April 2014
                Page count
                Figures: 4, Tables: 4, References: 18, Pages: 9
                Funding
                Funded by: Organização Pan-Americana de Saúde
                Award ID: 0800121.001
                Funded by: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
                Award ID: 306137/2013-5
                Funded by: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
                Award ID: 306460/2011-4
                Funded by: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
                Award ID: 303167/2011-4
                This study was supported by the Ministry of Organização Pan-Americana de Saúde (Agreement Letter BR/LOA/0800121.001) and the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq – Processes 306137/2013-5, 306460/2011-4, and 303167/2011-4) through the provision of research productivity grants.
                Categories
                Original Articles

                federalism,unified health system,health policy,health care management,intergovernmental relations

                Comments

                Comment on this article

                scite_
                0
                0
                0
                0
                Smart Citations
                0
                0
                0
                0
                Citing PublicationsSupportingMentioningContrasting
                View Citations

                See how this article has been cited at scite.ai

                scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.

                Similar content144

                Cited by8

                Most referenced authors160