RESUMO Estudos sobre as relações entre desempenho escolar, características individuais e local de moradia concluem que a sobreposição de diferentes tipos de desvantagens para indivíduos em situação de vulnerabilidade social são os principais fatores explicativos para a baixa performance escolar. A partir de indicadores educacionais intraurbanos, os autores identificam padrões de desigualdades socioespaciais associados a uma distribuição desigual de infraestrutura pedagógica das escolas, explicados pela constituição histórica de ocupação do espaço urbano e reiterados pelas escolhas de políticas públicas. Ao fim, argumenta-se que um olhar espacial para planejamento e gestão das políticas educacionais pode se tornar um efetivo instrumento para correção das desigualdades e promoção da equidade.
RESUMEN Los estudios sobre las relaciones entre el rendimiento escolar, las características individuales y el lugar de residencia concluyen que la superposición de diferentes tipos de desventajas para las personas en situaciones de vulnerabilidad social son los principales factores explicativos para el bajo rendimiento escolar. Sobre la base de indicadores educativos intraurbanos, los autores identifican patrones de desigualdades socioespaciales asociados con una distribución desigual de la infraestructura pedagógica de las escuelas, explicada por la constitución histórica de la ocupación del espacio urbano y reiterada por las opciones de políticas públicas. Por fin, se argumenta que una visión espacial para la planificación y gestión de las políticas educativas puede convertirse en un instrumento eficaz para corregir las desigualdades y promover la equidad.
ABSTRACT Studies on school performance, individual characteristics, and place of residence conclude that the overlapping of different types of individual disadvantages in situations of social vulnerability are the main explanatory factors for low school performance. Based on intra-urban educational indicators, the authors identify patterns of socio-spatial inequalities associated with an unequal distribution of pedagogical infrastructure among schools, explained by the historical constitution of urban occupation, and reiterated by the choices of public policies. Finally, it is argued that a spatial approach to planning and management of educational policies can become an effective instrument for correcting inequalities and promoting equity.