Neste artigo, pretende-se discutir as formas como vêm sendo sustentados os laços sociais na contemporaneidade, em especial em nosso país, principalmente quando verificamos que o ódio, como paixão do ser, vem-se mostrando cada vez mais pregnante nesses laços. Tomando como ponto de partida textos freudianos que abordam essas questões, tais como O mal-estar na Cultura e Psicologia das massas e análise do eu, assim como as elaborações lacanianas sobre os discursos que sustentam o laço social, busca-se levantar algumas hipóteses sobre a formação das massas hoje, no reino da comunicação virtual propiciada pelas redes sociais, sob a hegemonia do neoliberalismo
Dans cet article, nous entendons discuter de la manière dont les liens sociaux se sont entretenus à l'époque contemporaine, en particulier dans notre pays, surtout lorsque nous constatons que la haine, comme passion d'être, s'est montrée de plus en plus prégnante dans ces liens. Prenant comme point de départ les textes freudiens qui abordent ces questions, comme Le malaise en culture et psychologie des masses et l'analyse de soi, ainsi que les élaborations lacaniennes sur les discours qui soutiennent le lien social, nous cherchons à émettre des hypothèses sur la formation des masses aujourd'hui, dans le domaine de la communication virtuelle assurée par les réseaux sociaux, sous l'hégémonie du néolibéralisme
In this article, we intend to discuss the ways in which social ties have been sustained in contemporary times, especially in our country, when we find that hatred, as a passion for being, has become increasingly pregnant in these ties. Taking as a starting point Freudian texts that address these questions, such as The malaise in the culture and Psychology of the masses and analysis of the self, as well as the Lacanian elaborations on the discourses that sustain the social tie, it is tried to raise some hypotheses on the formation of the masses today, in the realm of virtual communication provided by social networks, under the hegemony of neoliberalism.