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Abstract
Existem atualmente na região metropolitana de Belo Horizonte 18 parques urbanos (também denominados "parques ecológicos") com coleções hídricas (lagoas, nascentes, córregos etc). Pesquisas iniciais em 17 destes parques mostraram a ocorrência de moluscos hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni em pelo menos quatro deles. Capturas mensais nestes parques, de agosto/94 a fevereiro/96, mostraram os seguintes resultados em relação aos planorbíneos: Parque Julien Rien: 1.145 exemplares de Biomphalaria glabrata (2 mm a 13 mm); Parque Betânia: 149 exemplares de B. glabrata (4 mm a 13 mm); Parque Santa Lúcia: 2.431 exemplares de B. straminea (3 mm a 9 mm) e Parque Lagoa do Nado: três exemplares de B. tenagophila (3 mm a 10 mm). As visitas aos parques terão prosseguimento e, após um diagnóstico sobre a situação de cada parque, serão sugeridas às autoridades municipais medidas de controle e/ou erradicação adequadas a cada área.
Descreve-se foco de transmissão ativa de esquistossomose mansoni em Belo Horizonte, MG, Brasil, localizado no Parque "Julien Rien", uma área de lazer com 48.500 m², criada pela Prefeitura Municipal, em 1980, na zona sul da cidade. Em capturas feitas durante 10 anos (1983-1992) foram coletados 3.361 exemplares de Biomphalaria glabrata (diâmetro médio= 9,3 mm), dos quais 23 (0,7%) estavam infectados pelo Schistosoma mansoni. O encontro de moluscos hospedeiros intermediários do S. mansoni em áreas urbanizadas (pequenos lagos artificiais cimentados de parques, jardins, prédios públicos, e outros) pode estar relacionado com a introdução de peixes e plantas aquáticas. É sugerida, como medida profilática, a não introdução de peixes e plantas aquáticas nesses locais, a não ser após período de quarentena de, no mínimo, 30 dias.
Procedeu-se ao levantamento malacológico do município de Belo Horizonte, MG, com o objetivo de avaliar a distribuição, densidade e taxa de infecção dos moluscos hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni. Foram coletadas 3.261 Biomphalaria glabrata em 1979-81, das quais 100 (3,1%) estavam infectadas com S. mansoni. Registrou-se a existência de 36 criadouros (35,0%) de B. glabrata em 102 locais pesquisados, sendo 23 na bacia hidrográfica de Pampulha e 13 na do ribeirão do Arrudas. Foram encontrados 2 criadouros de B. tenagophila e 2 de B. straminea. Registrou-se também a presenca de exemplares de Pomacea haustrum, Physa sp e Drepanotrema cimex. Compararam-se os dados obtidos atualmente com os publicados em 1967. Houve reducao de mais de 50% no número de criadouros de B.glabrata, principalmente em decorrencias da expansão e progresso da cidade. Na zona periférica a esquistossomose continua endêmica, havendo necessidade de novas obras de saneamento básico para se conseguir o controle da doença.
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