Tertiary education attendance in Brazil varies remarkably among different population groups. In order to decrease inequalities and increase the proportion of minorities in public universities, many institutions of higher education in Brazil have implemented affirmative action policies since the 2000s. The main objective of this paper was to analyze different counterfactual affirmative action policies at the Federal University of Minas Gerais (UFMG) based on simulations, measuring the proportion of minorities and the level of academic performance at this institution under each scenario. The current quota policy of 50% for students from public secondary schools, divided between four main groups (non-poor/non-minority; poor/non-minority; non-poor/minority; poor/minority), was shown to be well-designed to promote higher proportions of minorities among the student body. However, if academic performance is also taken into account, the best options would be either a quota policy of 50% divided between poor and non-poor students or a bonus policy based on a linear function of course competitiveness with an average bonus of 6%.
A proporção de indivíduos que frequenta a educação superior no Brasil varia de forma marcante entre os diferentes grupos da população. Como forma de diminuir a desigualdade no acesso à educação superior e aumentar a proporção de minorias na universidade públicas, muitas instituições de nível superior no Brasil implementaram políticas de ação afirmativa a partir de 2000. O objetivo principal desse artigo é analisar políticas contrafactuais de ação afirmativa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a partir de simulações que mediram a proporção de minorias e o desempenho acadêmico nessa instituição. A atual política de 50% de cotas para estudantes do ensino médio público dividida em quatro grupos principais (não pobre/não negro; pobre/não negro; não pobre/negro; pobre/negro) se mostrou eficaz para promover a inclusão de maiores proporções de minorias na universidade. Entretanto, se o desempenho acadêmico é levado em conta, as melhores escolhas de políticas afirmativas seriam uma política de cotas de 50%, dividida entre pobres e não pobres, ou uma política de bônus baseada em uma função linear da competitividade do curso com bônus médio de 6%.
Le nombre de personnes fréquentant l’enseignement supérieur au Brésil varie considérablement selon les groupes de la population. Afin de réduire les inégalités et d’augmenter le taux des minorités dans les universités publiques, de nombreux établissements d’enseignement supérieur ont mis en œuvre des politiques d’action positive depuis les années 2000. L’objectif principal de cet article est d’analyser les politiques d’action positive contrefactuelles à l’Université Fédérale de l’état de Minas Gerais (UFMG) sur la base de simulations qui mesurent le taux de minorités et la performance universitaire dans cette institution. En réservant 50% des places dans les universités fédérales aux élèves des écoles secondaires publiques, divisés en quatre groupes principaux (non pauvres/non minoritaires ; pauvres/non minoritaires ; non pauvres/minoritaires ; pauvres/minoritaires), la politique actuelle s’est avérée efficace pour promouvoir l’inclusion d’un plus grand nombre d’étudiants issus des minorités. Mais si la performance universitaire est prise en compte, tout indique que les politiques affirmatives les plus pertinentes seraient soit une politique de quotas de 50% répartie entre étudiants pauvres et non pauvres, soit une politique de bonus basée sur une fonction linéaire de la compétitivité des cours avec un bonus moyen de 6%.