Abstract This article explores how women in leadership positions experience and develop ways to deal with their aging process in organizations in Brazil. As women have reached these top positions relatively recently, studies on the careers of younger women still dominate the literature. For this reason, the literature on aging women who hold corporate leadership positions is still scarce. Based on empirical data obtained from 58 in-depth interviews based on grounded theory, this research showed that women experience their aging process as symbolic physical, social, and professional deaths and face an age glass ceiling due to their age. However, they also create new life stories based on a redefinition of work and/or a search for a new career, a phenomenon we call ‘symbolic rebirth.’ This paper proposes concepts related to how women see their aging process, uncovering the dynamics and implications of aging for women. There seems to be no room to aging in corporations, even for women in leadership positions. Despite the innumerable changes that have taken place in recent decades, this organizational space is still associated with the male gender, and ageism persists even for women who are in top-ranking executive positions in corporations.
Resumo Este artigo explora como mulheres em cargos de liderança em organizações no Brasil vivenciam e desenvolvem formas de lidar com seu processo de envelhecimento. Uma vez que as mulheres alcançaram essas posições de liderança há relativamente pouco tempo, os estudos sobre as carreiras de mulheres mais jovens ainda prevalecem na literatura. Por esse motivo, a literatura sobre mulheres maduras que ocupam cargos de liderança corporativa ainda é incipiente. Com base em dados empíricos obtidos a partir de 58 entrevistas aprofundadas baseadas na teoria fundamentada, esta pesquisa mostrou que as mulheres vivenciam seu processo de envelhecimento como morte simbólica física, social e profissional, além de enfrentarem discriminação por sua idade. No entanto, elas também criam novas histórias de vida a partir da redefinição do seu trabalho e/ou da busca por uma nova carreira, em um fenômeno conhecido como ‘renascimento simbólico’. Este artigo propõe conceitos relacionados a como mulheres veem seu processo de envelhecimento, desvendando as dinâmicas e implicações do envelhecimento para essa população. Parece não haver espaço para o envelhecimento nas corporações, mesmo para mulheres em cargos de liderança. Apesar das inúmeras mudanças ocorridas nas últimas décadas, esse espaço organizacional ainda está associado ao gênero masculino; além do mais, o preconceito de idade persiste mesmo para mulheres que ocupam cargos executivos de alto escalão, em diferentes corporações.