18
views
0
recommends
+1 Recommend
1 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Homens, masculinidade e violência: estudo em serviços de atenção primária à saúde Translated title: Men, masculinity and violence: a study in primary health care services

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          Há poucos estudos sobre homens abordando violência como evento não fatal. Contribuindo nessa direção, descrevem-se as prevalências da violência psicológica, física e/ou sexual sofridas por homens, detalhando-se nestes tipos a perpetrada contra parceiras. Trata-se de estudo transversal realizado com 789 homens de 18 a 60 anos, dos quais 775 com alguma parceria íntima na vida, selecionados por ordem de chegada em dois serviços de atenção primária na cidade de São Paulo. Foram investigadas as características sociodemográficas e as violências mencionadas, examinadas ainda quanto a sobreposições e à percepção de havê-las sofrido ou perpetrado. As prevalências de violências sofridas na vida foram de 79% para qualquer tipo e por qualquer agressor; 63,9%, 52,8% e 6,1% respectivamente para psicológica, física e sexual. Para violências perpetradas contra a parceira na vida, temos 52,1% qualquer tipo e 40%, 31,9% e 3,9%, respectivamente, para violência psicológica, física e sexual. Nas sofridas e nas perpetradas, a psicológica é a de maior taxa exclusiva, seguida da física. Quanto aos agressores, conhecidos é o principal agressor, seguido de familiar, estranhos e parceira íntima. Na relação entre sofrer por suas parceiras e perpetrar, 14,2% dos casos são sobrepostos e 81,2% somente perpetraram. Conclui-se que, embora nas violências relativas às parceiras íntimas os homens sofram muito menos do que perpetrem, os dados mostram que eles se envolvem em muitas situações de violência, de grandes magnitudes e sobreposições, quer como vitimas ou agressores, reiterando estudos sobre masculinidade. Este conjunto complexo de situações também deve ser considerado nos serviços básicos de saúde.

          Translated abstract

          There are few studies on men dealing with violence as a non-fatal event. As a contribution, the prevalences of psychological, physical and/or sexual violence suffered by men and the perpetrated intimate partner violence (IPV) are described. This was a cross-sectional study on 789 men aged 18 to 60 years, of whom 775 ever partnered. Men were selected in order of arrival at two primary healthcare clinics in the city of São Paulo. Sociodemographic characteristics and reported violence were investigated, along with the violence overlapping and perceptions of having suffered or perpetrated violence. The lifetime prevalence of suffered violence was 79% for any type and any aggressor; 63.9%, 52.8% and 6.1% respectively for psychological, physical and sexual violence. For lifetime IPV, the rates were 52.1% for any type and 40%, 31.9% and 3.9% respectively for psychological, physical and sexual violence. For both suffered and perpetrated violence, the psychological type had the highest exclusive rate, followed by physical. Acquaintances were the main aggressors, followed by family members, strangers and female intimate partners. Between suffering and perpetrating IPV, 14.2% of the cases overlapped and 81.2% consisted only of perpetrated violence. It was concluded that although in relation to intimate partner violence, men suffered much less than they perpetrated, the data showed that they were involved in many situations of violence of large magnitude and overlapping situations, both as victims and as aggressors, thus echoing studies on masculinity. This complex set of situations should also be taken into consideration in primary healthcare services.

          Related collections

          Most cited references43

          • Record: found
          • Abstract: not found
          • Article: not found

          Prevalence and Consequences of Male-to-female and Female-to-male Intimate Partner Violence as Measured by the National Violence Against Women Survey

            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            A inclusão da violência na agenda da saúde: trajetória histórica

            Neste texto, busco sistematizar e registrar a trajetória histórica de legitimação do tema dos acidentes e da violência na área da saúde. Mostro que se trata de um processo inconcluso, que ocorre pela pressão de atores e pela força dos acontecimentos. Inicialmente o tema se inclui de forma reduzida, por meio dos conceitos de "acidentes, lesões e traumas". Já a partir da segunda metade do século 20, há a incorporação da pauta de direitos de vários sujeitos sociais, que vai desde a entrada da observação e notificação da violência contra crianças, mulheres e idosos, até a discussão da violência social, no seu sentido mais amplo, afetando a saúde das populações. No Brasil, esse processo, sem dúvida lento e intermitente, tem alguns logros e pioneirismos encenados pelo Ministério da Saúde, com a colaboração e a pressão de movimentos sociais, acadêmicos e profissionais: um documento de diagnóstico da situação de morbimortalidade por todos os tipos de violência; documento de uma Política Nacional de Redução de Acidentes e Violências e um Plano de Ação Nacional.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: not found
              • Article: not found

              Polypharmacy: a new paradigm for quality drug therapy in the elderly?

              J Gurwitz (2004)
                Bookmark

                Author and article information

                Contributors
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Journal
                rbepid
                Revista Brasileira de Epidemiologia
                Rev. bras. epidemiol.
                Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva (São Paulo )
                1415-790X
                December 2012
                : 15
                : 4
                : 790-803
                Affiliations
                [1 ] Universidade de São Paulo Brazil
                Article
                S1415-790X2012000400011
                ad80b329-3a56-49fd-acfc-b5426a27373f

                http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

                History
                Product

                SciELO Brazil

                Self URI (journal page): http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_serial&pid=1415-790X&lng=en
                Categories
                Health Policy & Services

                Public health
                Men,Masculinity,Gender,Violence,Health services,Primary Care,Homens,Masculinidade,Gênero,Violência,Serviços de saúde,Atenção Primária

                Comments

                Comment on this article