O artigo discute a contribuição do antropólogo Luiz de Castro Faria (1913-2004) aos debates sobre a Lei nº. 3.924, de 1961, conhecida como lei de arqueologia por dispor sobre os monumentos arqueológicos no Brasil. Foram analisados os contatos do diretor do Serviço do Fatrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), com Castro Faria, que ocupava a direção do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e participava do Conselho Consultivo do Patrimônio. A dimensão do papel articulador de Castro Faria na implementação da lei de arqueologia, principalmente a partir de suas pesquisas científicas nos sambaquis, foi reavaliada com o exame de seu arquivo pessoal. É destacada a sua contribuição na gestão de projetos de inventário, documentação e registro de sítios arqueológicos.
The article analyses anthropologist Luiz de Castro Farias's (1913-2004) participation in the debate about the 1961 Archaeology Law (Nº. 3.924), which touches upon archaeological monuments in Brazil. The connections between Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969), the Director of Historical and Artistic Heritage National Service (SPHAN) with Castro Faria who took over as Director of Quinta da Boa Vista National Museum, in Rio de Janeiro, and was member of Heritage Advisory Council, have been discussed. The importance of Castro Farias's role in the implementation ofthe Archaeology Law, mainly from his research on sambaquis, has been reevaluated during the examination of his personal files. The paper highlights his contribution to management of inventory projects, documentation and register of archaeological sites.